Diz a lenda que há muito tempo em Cruz Alta-RS viveu uma linda jovem de família nobre e sofisticada, a qual era conhecida e cobiçada pelos rapazes da pequena cidade, essa jovem acabou se apaixonando por um jovem muito simples e humilde. Desse amor veio um filho, com a revolta da família da jovem, acabaram roubando-lhe o recém nascido e o jogaram em uma lagoa existente no cemitério da cidade.
Em algumas horas da noite
ouviam-se pelo bairro, vários gritos e lamentos, coisa que não ocorria naquele
bairro por ser muito calmo, quando descobriram do acontecimento isso ficou
conhecido como “Monstro da Lagoa” o qual nas noites mais silenciosas gritava
pelo nome de seus pais e implorando a benção do batismo. Tanto era o lamento da
pobre criança que os moradores do bairro chamaram desesperadamente o padre da paróquia
da vila, para dar ao menino a benção do batismo.
Conta a lenda que deste dia
em diante não se ouviu mais os lamentos da pobre criança desaparecida, mas o
padre que a batizou acabou sendo perseguido e acusado de sacrilégio, acabou
sendo preso pelo delegado de polícia, sendo colocado nu em um calabouço fechado
e sem direito de se alimentar. Entretanto, a curiosidade do delegado foi maior,
diz a lenda, que e uma noite, deixando o padre muito bem vigiado, foi a lagoa ver
de perto o monstro local.
Aterrorizado ouviu seus gritos e uma voz que lhe
pedia para libertar o pobre padre.
Voltou ao local disposto a libertar o padre mas ficou ainda mais surpreso ao ver que o mesmo estava fora
do calabouço lendo tranquilamente um livro dependurado em uma árvore da prisão.
Contam até hoje que o
monstro da lagoa abriu a cela e libertou o padre prisioneiro.