Lugares Assombrados II - Cruz Alta


   Diz a lenda que há muito tempo em Cruz Alta-RS viveu uma linda jovem de família nobre e sofisticada, a qual era conhecida e cobiçada pelos rapazes da pequena cidade, essa jovem acabou se apaixonando por um jovem muito simples e humilde. Desse amor veio um filho, com a revolta da família da jovem, acabaram roubando-lhe o recém nascido e o jogaram em uma lagoa existente no cemitério da cidade.
   Em algumas horas da noite ouviam-se pelo bairro, vários gritos e lamentos, coisa que não ocorria naquele bairro por ser muito calmo, quando descobriram do acontecimento isso ficou conhecido como “Monstro da Lagoa” o qual nas noites mais silenciosas gritava pelo nome de seus pais e implorando a benção do batismo. Tanto era o lamento da pobre criança que os moradores do bairro chamaram desesperadamente o padre da paróquia da vila, para dar ao menino a benção do batismo.
   Conta a lenda que deste dia em diante não se ouviu mais os lamentos da pobre criança desaparecida, mas o padre que a batizou acabou sendo perseguido e acusado de sacrilégio, acabou sendo preso pelo delegado de polícia, sendo colocado nu em um calabouço fechado e sem direito de se alimentar. Entretanto, a curiosidade do delegado foi maior, diz a lenda, que e uma noite, deixando o padre muito bem vigiado, foi a lagoa ver de perto o monstro local.   
   Aterrorizado ouviu seus gritos e uma voz que lhe pedia para libertar o pobre padre.
Voltou ao local disposto a libertar o padre mas ficou ainda mais surpreso ao ver que o mesmo estava fora do calabouço lendo tranquilamente um livro dependurado em uma árvore da prisão.
  Contam até hoje que o monstro da lagoa abriu a cela e libertou o padre prisioneiro.