Oxville

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Suspiro.Abro os olhos lentamente e acho estranho o lugar onde me encontro.
Sento-me na cama e minha cabeça dói.Olho em volta,tentando lembrar como foi que cheguei aqui.Nada vem a minha mente.Parece com o meu antigo quarto mas tem algo errado,como se alguma coisa tivesse fora do lugar mas não sei o que é....
Percebo que estou usando uma blusa quente,calça jeans e um tênis surrados.
-O que?-Pergunto baixinho à mim mesma
-Como pude dormir assim?Afinal,como vim parar aqui?
Então escuto um arrastar de pés pesados no corredor,logo atrás da porta.
Meu coração quase sai pela boca e por instinto,pego a primeira coisa que vejo como arma caso eu precise me defender.É uma barra de ferro que estava encostada no criado mudo.
-Como isso veio parar aqui? - Penso mas deixo essa pergunta de lado quando vejo que alguém esta tentando abrir a porta.
Rápida,mas silenciosa,vou até a janela e tento abri-la.Está emperrada.E mesmo que não estivesse é muito alto para pular.Provavelmente eu quebraria um braço e faria muito barulho e atrairia quem quer que seja para mim.
E finamente,consigo abrir a porta e o meu pior pesadelo esta parado na minha frente a poucos passos de distância.Ele faz um barulho estranho com a garganta,como se quisesse rir,mas suas deformações o tornam sinistro.
-Olha só quem esta de volta!Te esperei por dois anos,querida. - Diz ele numa voz diabólica
-Me deixa em paz! - Tento gritar,mas não passa de um sussurro estúpido.
-Você demorou muito querida...Sabe,foi muito fácil atrair sua mãe,ela era muito boba.Já o seu pai foi mais resistente,ele lutou até morrer!Suas ultimas palavras?...Ah,sim!Ele disse que te amava.Ridículo,não acha?Logo você garotinha estúpida e insuportável!Por que tanta resistência?sabe eu poderia tornar fácil,mas você é como um ratinho fugindo da ratoeira.Prefere arriscar e fazer tudo da pior maneira?
Tento reunir toda minha raiva,todo o meu ódio,e principalmente,a minha sede de vingança.seguro firme preparo a minha barra de ferro enquanto ele se aproxima.
Então um estrondo ensurdecedor invade o pequeno quarto e o monstro cai aos meus pés e incrivelmente,ele ainda esta respirando e se mexendo.
-Isso só vai atrasa-lo por um tempo! - Grita o meu irmão da porta
-Vamos Sarah,corra!
Eu obedeço,tropeçando nos meus próprios pés.Tenho um milhão de perguntas para fazer a Kevin,mas minha cabeça está girando e preciso me concentrar em chegar ao carro ainda acordada.
-O que foi tudo aquilo? - Grito me atrapalhando com o cinto.
-Depois eu te explico!- Responde Kevin ligando o carro.
Ele pisa fundo no acelerador e sai cantando pneu.
Respiro fundo e tento controlar minha voz.Reorganizando meus pensamentos e lá vai a primeira pergunta.
-Como viemos parar aqui?-Pergunto a Kevin.
-Você não lembra?
Eu balanço a cabeça em sinal negativo.
-Bom,depois de sair daquele posto já estava ficando tarde e precisávamos nos esconder...Você estava tão cansada que dormiu no carro,então eu parei na primeira casa que vi.Deixei você trancada aqui dentro e fiz uma rápida vistoria.Estava limpa,se é que você me entende?!-Ele sorri um pouquinho.
-Então te carreguei até o quarto e você nem percebeu.
-Se parecia com nossa casa,lembra?A nossa antiga casa!
-Eu achei que fosse.Mas enquanto você dormia eu vasculhei em tudo e não achei nada que pudesse ser nosso.Mas eu achei isso!
Ele tira do bolso uma foto de uma família.Um homem,uma mulher e três meninas,uma mais alta que a outra.Parecia uma escadinha,estavam todas sorrindo com os rostos um pouco franzidos por causa do sol.
Atrás da foto estava escrito "Família Armstiville - Geração 2022!"
-Foi tirada a dois anos atrás!Penso alto em voz alta
-Eu sei,e eu achei mais isso!-Responde Kevin
Ele me mostra um caderno velho,sem capa e um pouco queimado.
-O que é isso?-Pergunto.
-Parece um diário. - Comecei a ler,mas não entendi muita coisa.
 - Mas já é outra pista,você ainda tem aquele outro?
-Sim! - respondendo a Kevin.
Então me estico até o banco de trás e vasculho minha mochila .
-Está aqui ! - E tiro outro diário que encontrei por acaso no meu quarto à dois anos.
Não foi escrito pela mesma pessoa,é claro,mas eram da mesma família.Ou foi coincidência demais ter o mesmo sobrenome intitulado na primeira folha .
-Para onde estamos indo?- Pergunto
-Estamos no meio do dia.Estou com fome e cansado.
-Eu sei mas estamos no meio da rua tem mato dos dois lados,você sabe que pode aparecer um daqueles monstros a qualquer momento! - Eu estava tendo um ataque de histeria.
-Calma,calma!!!Esta vendo aquilo?-Apontando para frente.
A principio não consigo ver nada,bem distante,posso ver alguma pequena casa
Kevin diminui a velocidade até parar.
-Nosso estoque de comida esta acabando.Vai durar cinco dias,mesmo que sejamos cuidadosos sabe o que precisamos fazer?Diz ele
-Tudo bem!vamos nos preparar e atacar. - Respondo
Nos aproximamos da cidade devagar.Kevin escode o carro numa espécie de caverna pequena entre uma árvore e outra .
Prendo minha duas facas na cinta.Não sei o nome da maioria das armas que conseguimos mas nunca me importei comi esse detalhe.O que vale mesmo é que aprendi a usá-las e agora somos caçadores de monstros.
Então,cuidadosamente,recarrego duas delas.Penduro uma no ombro e outra já esta pronta para atirar.
Levamos pelo menos duas horas até chegar perto da primeira casa.Esta um pouco silenciosa.
-Vamos nos separa? -Sugere Kevin
Eu exito por um segundo,mas concordo.
-Tudo bem!nos encontramos bem aqui mesmo antes de escurecer.-Digo
-Okay!E irmã,deixe o rádio por perto,qualquer coisa me chame! - Diz ele
-Ok ! - Respondo ele revirando os olhos
Não gosto muito da ideia de ficar sozinha,mas sei que assim é mais rápido.E Kevin não gosta de me deixar sozinha porque,afinal de contas aos seus olhos eu sempre serei criança.
As duas primeiras casas que invadi estavam completamente vazias.Sem comida,sem água e sem sinal de sobreviventes.Há dois anos não vejo ninguém além do meu irmão.
Fecho a porta trás de mim,e suspiro.Não é possível sermos os únicos sobreviventes desse mundo.Tem que haver mais alguém.
O dia de hoje esta extremamente quente.Sinto uma gota de suor escorrendo pelo meu rosto.Minha garganta esta seca,preciso de água.
Sento-me no primeiro degrau da casa.Olho em volta na esperança tola de encontrar alguém.A uns dez metros da minha direita tem um pequeno prédio,parece ser uma mercearia.
-Kevin? - Chamo pelo rádio
-O que foi?Está tudo bem? - Responde imediatamente
-Sim,esta.Só queria saber se você já passou naquele prédio?
-O mini mercado?Ainda não!Por que?
-Estou indo pra lá agora.Não aguento mais de sede!
-Tudo bem,só não demore,estou terminando essa casa e vou direto pra lá!
-Ok!
Caminho rápido,olhando para todos os lados.Chuto a porta até arrebentar o cadeado e de repente...

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